A criminalização e encarceramento de negros no Brasil
22/7 (sexta), às 19h30, no Sesc (Auditório)
Classificação: 14 anos
Com Ewerton Carvalho e Fayda Belo, com mediação de Lucélia Sérgio
O advogado Ewerton Carvalho e a advogada Fayda Belo, com mediação de Maíra Azevedo, discutem como o racismo estrutural existente no Brasil reflete na violência contra a população negra e também na criminalização e encarceramento em massa, principalmente de jovens negros e periféricos.
Mesmo correspondendo a mais de 50% da população brasileira, (segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE), os negros são as vítimas em mais de 70% dos casos de morte em ações policiais, a chance de um jovem negro ser vítima de homicídio no Brasil é 2,5 vezes maior do que a de um jovem branco. Com essa realidade estarrecedora, se torna explícito como o racismo atinge diretamente a vida da população negra. Esse conjunto de desigualdade também caracteriza o sistema carcerário no país.
Ewerton Carvalho é advogado ativista, rapper, liderança do movimento negro e representa a Educafro como conselheiro no Conselho Nacional de Segurança Pública e defesa social do Ministério da Justiça. Desde cedo sempre foi envolvido com questões sociais, culturais e arte. É um dos fundadores de uma das batalhas de MCs mais antiga do estado de São Paulo (Arena Mc). Discípulo de Luiz Gama, é o idealizador do projeto #favelaforever que tem como um de seus objetivos proporcionar acesso à justiça para pessoas pobres.
Fayda Belo é advogada criminalista, especialista em crimes de gênero, direito antidiscriminatório e feminicídios e pós-graduada em Direito Penal e Processo Penal. Em vídeos curtos e informativos, a advogada usa as redes sociais para simplificar questões de direito penal e levar conhecimentos jurídicos a quem não tem acesso.
Lucélia Sérgio Conceição é formada pela Escola de Arte Dramática EAD/ECA/USP no ano de 2010. É atriz, diretora, dramaturga, crítica de arte e arte educadora. Em 2005 co-fundadou a Cia de teatro negro “Os Crespos”, com a qual investiga negritude e as relações de sociabilidade no Brasil e Caribe. Escreve e compõe o grupo curatorial da revista de Teatro Negro Legítima Defesa e é uma das idealizadoras do Fórum de Performance Negra de São Paulo e das Segundas Crespas, encontros de formação e intercâmbio de artes negras.
Do 13 ao 20: (Re)Existência do Povo Negro
Fazendo alusão aos marcos de 13 de maio e 20 de novembro, a ação conta com vivências de manifestações culturais e diálogos sobre a condição social da população negra.
Ingressos
Entrada gratuita. Retirada de ingressos com 1h de antecedência.