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Por Francine Micheli
Fotos: Divulgação
Eldorado foi o nome escolhido para batizar a futura série de televisão que será produzida em Ribeirão Preto. O enredo será uma ficção e irá girar em torno da história da própria cidade. Serão 13 capítulos, com um orçamento estimado em R$ 3 milhões.
O contrato com a produtora Gullane (responsável por filmes como Carandiru, Bicho de Sete Cabeças e Meu País, entre outros), foi assinado no início de agosto para serem iniciadas as captações de recursos oficiais. Os passos seguintes serão buscar parceiros patrocinadores, inclusive com canais de televisão brasileiros para exibição. Apesar do contrato recente, o idealizador do projeto, Edgard de Castro, presidente da Fundação Feira do Livro, pensa no assunto há mais de 30 anos.
Na foto, Fabiano Gullane (produtor), Viviane Mendonça (co-produtora executiva), Edgard Castro (idealizador do projeto) e Andre Ristum (diretor), na assinatura do contrato
Segundo a produtora executiva da série, Viviane de Mendonça, a ideia é usar cenários, estúdios e locações de Ribeirão Preto com elenco conhecido nacionalmente e até atores internacionais. “Estamos buscando também parcerias com produtoras italianas e francesas. Vamos contar como Ribeirão se desenvolveu com seus ciclos do café, da cana e do etanol”, diz. O roteiro será assinado pelo diretor e roteirista Marco Dutra (Quando eu era vivo, Meu país, Trabalhar cansa).
Viviane ainda não confirma nomes. “Posso dizer que estamos na sondagem e vamos esperar a parceria com as outras produtoras”.
Homenagem
O nome Eldorado foi pego emprestado do antigo cassino ribeirão-pretano homônimo, um dos marcos do entretenimento da cidade que ficava ao lado de onde hoje funciona a Cantina 605, no Centro. Lá, que também se chamou Cassino Antárctica, eram realizadas festas para a alta sociedade, com artistas, dançarinas e prostitutas vindas de Paris. Por toda a influência francesa, no início do século XX, Ribeirão Preto era conhecida como “petite Paris”.
E um dos responsáveis por essa vida baladeira aqui na cidade, no início do século XX, foi o francês Françoise Cassoulet, que inclusive era dono do Cassino Eldorado (ou Antárctica). Cassoulet foi uma espécie de primeiro promoter da cidade, e a curiosa história o Varal Diverso conta aqui!