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Uma história registrada no livro “Ribeirão Preto de Outrora”, de Prisco da Cruz Prates, de 1956, aguça nossa curiosidade ao relatar a vida de um certo casal “excêntrico”. Em 1925, marido e mulher compravam tranquilamente seus ingressos para o cinema, quando um observador enxerido começou a espalhar aos quatro cantos que se tratava de duas mulheres.
Ao terminar o filme, um grupo se aproximou do casal e, depois de iniciado o bate-boca, uma autoridade pediu para o “marido” provar que era homem. Ele então argumentou, brigou, mostrou documentos, mas nada. Foi preciso chamar um médico legista para provar que se tratava de um casal de mulheres. O desprezo, a partir de então, veio de todos os cantos da cidade.
Vindas de Belo Horizonte, as moças arranjaram um jeito de viver o romance sem despertar a curiosidade ou o ódio alheio. O marido, no caso, era chamado de Lorival e tinha uma vida masculina típica da época. Trabalhava como alfaiate, tinha cabelos curtos, voz empossada e vivia contando histórias de suas aventuras sexuais. Ninguém desconfiava que a Coca-Cola era Fanta.
Depois do episódio do cinema, em que o casal foi descoberto, dois romances sobre a história foram escritos num período de 15 dias, com todos os exemplares esgotados nas livrarias.
Disseram que a noiva de Lourival era uma bela moça, que viveu na Vila Tibério até o final da vida.