Instituto Ribeirão em Cena pede doações para manter projeto na ativa

O Instituto Ribeirão em Cena está pedindo socorro. Depois de lançar uma campanha no Catarse para a arrecadação de R$ 50 mil, o idealizador do projeto Antônio Gilson Brigagão corre o risco de perder a verba já doada. Veja como ajudar!
Tempo de leitura:3 minutos

Por Francine Micheli
Fotos: Divulgação

O Instituto Ribeirão em Cena está pedindo socorro. Depois de lançar uma campanha no Catarse para a arrecadação de R$ 50 mil, o idealizador do projeto Antônio Gilson Brigagão ainda corre o risco de não atingir a meta e ainda perder os R$ 13 mil doados até agora.

No Catarse — site colaborativo em que pessoas podem contribuir com diversos projetos —, quando o valor estipulado não é atingido, o valor é devolvido a cada um dos doadores. Isso coloca em risco uma história de 14 anos que já tirou mais de três mil jovens da ociosidade cultural e situações de violência por meio das artes cênicas.

Das doações feitas até agora, 40% são de fora de Ribeirão Preto, oriundas do Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Rondônia. Uma das contribuições mais expressivas foi da cantora Isabela Taviani, do Rio.  

“Acho uma grande hipocrisia quando ficam discutindo na mídia e nas redes sociais sobre a redução da maioridade penal, enquanto viram as costas a projetos que buscam uma solução efetiva para a violência entre jovens”, lamenta Brigagão. “Queremos construir escola em vez de cadeias, mas a maioria ainda escolhe investir em cerca elétrica do que em projetos culturais”.

Situação limite

O instituto Ribeirão Em Cena deve R$ 13 mil de IPTU e está sem alvará do Corpo de Bombeiros. Mais de 200 alunos estão sem aulas há duas semanas e, para voltarem à ativa, é preciso que sejam feitas melhorias no sistema elétrico e hidráulico, eliminação de rachaduras e umidade, trocas de piso e acentos do teatro, além de reforma para adaptação dos banheiros para deficientes.

Se as aulas continuarem sem essas melhorias e sem o alvará e acontecer de algum aluno se machucar no local, os responsáveis pelo projeto podem ir pra cadeia.

Segundo Brigagão, a maioria dos alunos promove ensaios improvisados na praça Sete de Setembro e em um salão cedido pela Recreativa. “Chegar a essa situação é lamentável, é época de formatura, estão todos tristes”. Os alunos também ajudam panfletando no Centro, nos bares e criaram o projeto Cardápio Musical, onde fazem performances musicais “sob pedido” em bares e restaurantes da cidade em troca de doações para a escola. 

“Estamos com fé, estamos 24 horas por dia trabalhando, incansáveis. Esperamos que tenha uma reviravolta”, diz.

Quero ajudar, como faço?

Para fazer a sua doação e ajudar o Ribeirão Em Cena a continuar a tirar jovens de situações de risco, acesse o projeto no Catarse. Todos os colaboradores da campanha no Catarse ganham brindes como canecas, chaveiros, camisetas e ingressos para futuros espetáculos.

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