7 motivos para visitar a Fazenda Santa Maria do Monjolinho

Localizada em São Carlos, propriedade rural é patrimônio tombado
Tempo de leitura:5 minutos

Por Analídia Ferri
Fotos: Paulo Gallo

A Fazenda Santa Maria do Monjolinho, localizada em São Carlos (120 km de Ribeirão Preto), patrimônio tombado pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo), guarda um acervo incrível do auge da produção cafeeira no Brasil. A história — que começa em 1886, quando Dom Pedro II pretendia visitar São Carlos para inaugurar a ferrovia — está preservada em cada detalhe do complexo arquitetônico e arredores da fazenda.

De acordo com informações do processo de tombamento, ocorrido em 2016, a Fazenda Santa Maria do Monjolinho “traduz em seu espaço o contexto histórico daquele momento de transição do Império para a República, demonstrando uma modernidade seja no partido eclético adotado, seja na técnica construtiva, seja com o programa de necessidades, concebendo salas de lazer e banheiros internos. Se configura um dos exemplares mais significativos que a região produziu em termos de habitação rural deste período do final do século XIX.”

O Varal Diverso esteve por lá e listou abaixo algumas razões pelas quais você precisa conhecer esse lugar.

1. Casarão histórico

De longe, parece uma visão cinematográfica, tamanha a imponência do “Grande Sobrado”, de 1887, que conserva a história do período áureo do café no Brasil. O palacete neoclássico possui dois andares, conta com 34 cômodos, sendo 10 quartos; porém, só alguns desses espaços são abertos ao público. São quase mil metros de área construída. É realmente grandioso!

2. Terreiro de café

Ao lado do sobrado, a fazenda abriga um grande terreiro de café, uma tulha e um aqueduto que conduzia água para movimentar a roda d’água e gerar energia para o beneficiamento de café. Dá para ter ideia de como o café era beneficiado na época e entender parte do processo.

3. Senzala e tronco

Em 1888, quando a escravidão foi abolida do Brasil, as estruturas da senzala foram modificadas após a Lei Áurea para servir de moradia aos imigrantes italianos que chegaram para assumir os trabalhos rurais. Por isso, o local preserva as características inovadoras relacionadas à habitação rural da época. Mas antes, nem janelas haviam na senzala e, logo ao lado, troncos com correntes seguem preservados expondo esse passado presente.

4. Casa das mucamas

No quintal do sobrado e bem próxima à entrada para uma das salas principais fica a Casa das Mucamas. O contraste ao transitar da casa principal para a dos serviçais é gritante. Uma estrutura bem mais simples era usada para abrigar as mucamas e amas de leite, incluindo o “quarto do castigo”, que segundo as guias da fazenda, era um espaço mais privativo usado para dar broncas e corretivos nos serviçais.

5. Acervo

Mobiliário, livros, móveis, louças, quadros e inúmeros objetos de época estão expostos nos cômodos do casarão. Entre eles, prataria importada, louças inglesas, miniaturas, lustres, rádios antigos e até um gramofone que funciona perfeitamente fazem parte do acervo. Lamparinas, máquina de escrever, máquinas de costura, ferros de passar, moinhos, enfim, dão uma noção de como a vida era diferente na época.

6. Trilhas

Com o objetivo de preservar o córrego Santa Cruz, nascente da fazenda, o ecoturismo permite aos visitantes terem contato com vários recursos naturais ali presentes. Por isso, as trilhas ecológicas podem ser feitas por crianças, sempre monitorados e adultos, possibilitando a conscientização sobre a preservação da natureza e a formação de uma educação ambiental.

Existe na fazenda uma grande parte de Mata Atlântica, cerrado e matas de recuperação, além de cinco hectares com eucaliptos australianos plantados em 1904, considerados um dos mais antigos do país.

7. Estação Monjolinho

Antes de chegar à fazenda, você passará pela antiga estação de trem Monjolinho, que fica às margens do rio que leva o mesmo nome e que seria para transportar café, leite e várias mercadorias que eram consumidas na época, como os passageiros e muitas correspondências. Na estação, hoje funciona um restaurante rural que serve comida de fazenda por R$ 35 por pessoa (não aceitam cartão), à vontade.

A Fazenda recebe visitas especiais de escolas e oferece diferentes tipos de roteiro. Os monitores e guias também ficam disponíveis aos finais de semana para visitas no casarão. A visita aos finais de semana tem o valor de R$ 10.

Como chegar?

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Fazenda Santa Maria do Monjolinho

Estr. Mun. Washington José Pêra, 1977 – São Carlos/SP
Entrada pela SP-215 (São Carlos / Ribeirão Bonito), km 158
Telefones: (16) 3366-7141 – (16) 3366-7143

4 comentários

  1. Bom dia,

    Estou tentando contato com a Fazenda Santa Maria, mas os telefones não atendem. Por favor poderiam me ajudar informando se existem novos telefones e qual seria o melhor horário para contato?

    Obrigada
    Roseli Rusew

    • Olá, Lucila! A Fazenda Santa Maria do Monjolinho é um museu, e não conta com hospedagem. Você pode dar uma procurada em hotéis ou pousadas na cidade de São Carlos, aonde está localizada a fazenda. 😉

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