Museu Casa da Memória Italiana realiza visitas semanais

Casarão da década de 1920 preserva a história da imigração italiana por meio de uma estrutura arquitetônica, decorativa e mobiliária original da época
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Da redação
Foto: Alice Registro Fonseca / Divulgação

A Casa de Memória Italiana, construída na década de 1920 e preservada com arquitetura e mobiliário da época, realiza visitas agendadas, duas vezes por semana, para contar a história da imigração italiana e durante o auge da produção do café na região. As visitas agendadas, realizadas gratuitamente, acontecem às quintas-feiras, às 15h e aos sábados, às 10h e às 11h30. O agendamento deve ser feito previamente neste site.

O Museu Casa também recebe estudantes para uma experiência guiada de aprendizado, seguindo os conteúdos da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Saiba mais enviando uma mensagem pelo WhatsApp para (16) 99760-9946.

Foto: Divulgação
Agenda cultural e tour virtual
Foto: Otávio Leite / Divulgação
Sobre a casarão

O grande diferencial da Casa da Memória Italiana é seu acervo, composto pela estrutura arquitetônica, decorativa e mobiliária original da década de 1920. A preservação desse patrimônio foi possível pela constante manutenção e cuidado que os seus moradores tiveram ao utilizarem como sua residência até o ano de 2012.

O mobiliário que se encontra na Casa é organizado em três grandes grupos, diferenciando pelo estilo, artesão e a época que foram adquiridos. O maior conjunto foi produzido pela fábrica de móveis Miguel Nardella, de São Paulo. O mobiliário da sala de jantar e quartos formam esse conjunto decorativo e funcional com detalhes da marchetaria e ornamentos em metal.

O segundo conjunto de mobiliário localizado na Sala de Visita é destaque na Casa pelo refinamento de realeza francesa. A influência de estilo predominante na sala é do estilo Luís XIV, como motivos ornamentais de conchas, folhas de acanto e todo o esplendor e exuberância do dourado real. Esse conjunto foi produzido pelos irmãos Gino e Renato Ghilardi, mestre da Oficina de Tapeçaria do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo. O terceiro conjunto não segue um padrão de estilo, as peças foram reunidas por serem produzidas pela fábrica de móveis Delloiagono & Cia, Oficinas de Ribeirão Preto e também serem adquirido pela família Biagi.

Foto: Divulgação
Arquitetura

Construída entre 1923 e 1925, a Casa foi residência do casal de imigrantes italianos Pedro Biagi e Eugenia Viel Biagi e seus filhos Elisa, Ida, Iris, Angela e Osônia, a partir de 1941. A fazendeira Joaquina Evarista Meirelles e seu filho Joaquim Machado de Souza, moradores e proprietários da Fazenda Santa Rita em Bonfim Paulista, assinaram a planta da Casa, em 28 de maio de 1923, e investiram na sua construção.

O ecletismo observado na Casa traz a coexistência de mais um estilo arquitetônico, alcançando até mesmo no mobiliário, na pintura decorativa e dentre outros ornamentos. A decoração interna da Casa é distinta para cada cômodo tendo pinturas decorativas representativas para cada utilização do ambiente.

A Casa é dividida em dois pavimentos: o térreo, com áreas de convivência social, trabalho e serviço, e o piso superior, onde é situada a área íntima da família, tendo os ambientes de descanso, banho e vestir. A partir das histórias das duas famílias que viveram na Casa é possível compreender os hábitos culturais de cada época e cada cultura — elite cafeeira e imigrantes italianos.

Foto: Mauricio Froldi / Divulgação
Foto: Alice Registro Fonseca / Divulgação

Como chegar?

Casa da Memória Italiana

📌 Endereço: Rua Tibiriça, 776 – Centro
🕗 Visitas: Quinta, às 15h // Sábado, às 10h e às 11h30 (agendamento)
☎️ Telefones: (16) 3904-2750 e 99760-9946
💵 Entrada gratuita
♿ Acessível para pessoas com deficiência física (PcD)
👉 www.casadamemoriaitaliana.com.br

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