Ribeirão ganhará novo museu dedicado à memória italiana

Ribeirão Preto ganhará, nos próximos meses, a Casa da Memória Italiana, um casarão de 1941 que fica no Centro e será doado pela família Biagi. O espaço conta com mobiliário tradicional da família de imigrantes italianos
Tempo de leitura:3 minutos

Por Analídia Ferri
Fotos: Paulo Gallo, Francine Michelli e Divulgação

Ribeirão Preto ganhará, nos próximos meses, a Casa da Memória Italiana, um casarão de 1941, localizado no Centro e que se tornará uma casa-museu, doada pela família Biagi. O espaço na rua Tibiriçá, 776, conta com mobiliário tradicional da família, objetos e ambientes que foram mantidos e conservados com o passar dos anos e permaneceram irretocáveis. A abertura ao público e visitação ainda não tem data definida, mas a expectativa é que nos próximos meses o espaço já possa receber visitas.

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Segundo o empresário Maurílio Biagi Filho — que adquiriu o mobiliário da casa e é o vice-presidente do instituto que irá coordenar o projeto — ainda faltam alguns ajustes para que o público possa conhecer, porém, a ideia inicial é convidar famílias de descendência italiana para doarem qualquer documento ou objeto para o acervo da Casa da Memória Italiana. “Nós doamos o imóvel e todo o mobiliário em prol da memória dos imigrantes italianos que ajudam e até hoje atuam no crescimento econômico de Ribeirão Preto e região”, pontuou.

De acordo com Biagi, em 1902, havia 22 mil italianos em Ribeirão Preto, enquanto os brasileiros somavam apenas 12 mil. A imigração italiana marcou o desenvolvimento da cidade, porém, não existia, até então, um lugar que reunisse informações e objetos sobre essa história. “Queremos implantar um sistema que irá coletar e mostrar documentos, fotos, enfim, qualquer informação sobre a imigração italiana em Ribeirão”, disse.

As duas proprietárias do imóvel, Weimar Marchesi Amorim e Edilah Biagi, também estão à frente do projeto e a doação para a cidade será oficializada no dia 27 de setembro. A Casa da Memória Italiana foi fundada e será administrada em caráter privado e planeja realizar palestras, oficinas e exposições no espaço.

Casarão data de 1925

Em 1925, a casa foi construída pela família Meirelles e, na época, pertencia a uma fazendeira da cidade, Joaquina Evarista Meirelles. Em 1941, o imóvel foi comprado por Pedro Biagi, italiano de Campagnola, região de Vêneto, que veio para o Brasil com 6 anos, avó de Biagi Filho.

O imóvel ficou desocupado por quase dois anos quando a última de duas irmãs que moravam na casa, faleceu e, desde então, a família Biagi passou a desenvolver o projeto da Casa da Memória Italiana, que inclui ainda a criação de um instituto que coordenará todas as atividades, visitação, catalogação de novos objetos, entre outras atribuições.

Mais informações sobre o local: (16) 3625-0692, com Alice Registro

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