Cia. Deborah Colker apresenta duas sessões de “Cão Sem Plumas” em setembro

Espetáculo é baseado em poema de João Cabral de Melo Neto e tem direção musical de Jorge Du Peixe
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Da redação
Fotos: Cafi / Cia. de Dança Deborah Colker / Divulgação

O premiado espetáculo de dança “Cão sem plumas”, da Cia. de Dança Deborah Colker, será apresentado em Ribeirão Preto, nos dias 16 e 17 de setembro, às 20h, no Theatro Pedro II. 

A obra de dança contemporânea passou pela cidade em 2018 e retornará em setembro de 2022 com duas sessões, com ingressos que custam de R$ 25 a R$ 180 e já podem ser adquiridos pela Mega Bilheteria.

Foto: Cafi / Cia. de Dança Deborah Colker / Divulgação

A coreógrafa Deborah Colker faz em “Cão sem plumas”, baseado no poema homônimo de João Cabral de Melo Neto (1920-1999), seu primeiro espetáculo de temática explicitamente brasileira. Publicado em 1950, o poema acompanha o percurso do rio Capibaribe, que corta boa parte do estado de Pernambuco. Mostra a pobreza da população ribeirinha, o descaso das elites, a vida no mangue, de “força invencível e anônima”. A imagem do “cão sem plumas” serve para o rio e para as pessoas que vivem no seu entorno.

“O espetáculo é sobre coisas inconcebíveis, que não deveriam ser permitidas. É contra a ignorância humana. Destruir a natureza, as crianças, o que é cheio de vida”, diz Deborah.

A dança se mistura com o cinema. Cenas de um filme realizado por Deborah e pelo pernambucano Cláudio Assis – diretor de longas-metragens como Amarelo Manga, Febre do Rato e Big Jato – são projetadas no fundo do palco e dialogam com os corpos dos 14 bailarinos.

Foto: Cafi / Cia. de Dança Deborah Colker / Divulgação

“O espetáculo é sobre coisas inconcebíveis, que não deveriam ser permitidas. É contra a ignorância humana. Destruir a natureza, as crianças, o que é cheio de vida”, diz Deborah. A dança se mistura com o cinema. Cenas de um filme realizado por Deborah e pelo pernambucano Cláudio Assis – diretor de longas-metragens como Amarelo Manga, Febre do Rato e Big Jato – são projetadas no fundo do palco e dialogam com os corpos dos 13 bailarinos. As imagens foram registradas em novembro de 2016, quando coreógrafa, cineasta e toda a companhia viajaram durante 24 dias do limite entre sertão e agreste até Recife.

A jornada também foi documentada pelo fotógrafo Cafi, nascido em Pernambuco. Na trilha sonora original estão mais dois pernambucanos: Jorge Du Peixe, da banda Nação Zumbi e um dos expoentes do movimento mangue beat, e Lirinha (cantor do Cordel do Fogo Encantado, poeta e ator), além do carioca Berna Ceppas, que acompanha Deborah desde o trabalho de estreia, Vulcão (1994). Outros antigos parceiros estão em cenografia e direção de arte (Gringo Cardia) e na iluminação (Jorginho de Carvalho). Os figurinos são de Claudia Kopke. A direção executiva é de João Elias, fundador da companhia.

Foto: Cafi / Cia. de Dança Deborah Colker / Divulgação

Os bailarinos se cobrem de lama, alusão às paisagens que o poema descreve, e seus passos evocam os caranguejos. O animal que vive no mangue está nas ideias do geógrafo Josué de Castro (1908-1973), autor de Geografia da fome e Homens e caranguejos, e do cantor e compositor Chico Science (1966-1997), principal nome do manguebeat. O movimento mesclava regional e universal, tradição e tecnologia. Como Deborah faz.

Para construir um bicho-homem, conceito que é base de toda a coreografia, a artista não se baseou apenas em manifestações que são fortes em Pernambuco, como maracatu e coco. Também se valeu de samba, jongo, kuduro e outras danças populares.

Como chegar?

“Cão Sem Plumas” // Cia. Deborah Colker

16 e 17 de setembro (sexta e sábado), às 20h // Abertura às 19h30
No Theatro Pedro II

💵 De R$ 25 a R$ 180
🎫 Ingressos on-line: Mega Bilheteria (com taxas)
♿ Acessível para pessoas com deficiência física (PcD)
⚠️ Classificação: 10 anos

📌 Endereço: Rua Álvares Cabral, 370 (Centro)
☎️ Informações: (16) 3977-8111
👉 www.theatropedro2.com.br

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